Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, analisaram quase 19.000 estudos de meditação, encontraram 47 ensaios que abordaram essas questões e atenderam aos critérios para estudos bem desenhados. Suas descobertas, publicadas no JAMA Internal Medicine, sugerem que a meditação consciente pode ajudar a aliviar estresses psicológicos como ansiedade, depressão e dor.

A Dra. Elizabeth Hoge, psiquiatra do Centro de Transtornos de Ansiedade e Estresse Traumático do Hospital Geral de Massachusetts e professora assistente de psiquiatria da Harvard Medical School, diz que a meditação faz todo o sentido para tratar a ansiedade. “Pessoas com ansiedade têm dificuldade em lidar com pensamentos que distraem e têm muito poder”, explica. “Eles não conseguem distinguir entre um pensamento de resolução de problemas e uma preocupação irritante que não tem nenhum benefício.”

“Se você tem preocupações improdutivas”, diz o Dr. Hoge, você pode treinar a si mesmo para experimentar esses pensamentos de forma completamente diferente. “Você pode pensar ‘estou atrasado, posso perder meu emprego se não chegar a tempo, e será um desastre!’ A meditação ensina você a reconhecer: ‘Ah, há esse pensamento novamente. Já estive aqui antes. Mas é apenas isso – um pensamento, e não uma parte do meu eu principal'”, diz o Dr. Hoge.

Um de seus estudos (que foi incluído na revisão da JAMA Internal Medicine) descobriu que um programa de redução de estresse baseado em mindfulness ajudou a reprimir os sintomas de ansiedade em pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, uma condição marcada por preocupações difíceis de controlar, sono ruim e irritabilidade. As pessoas do grupo de controle – que também melhoraram, mas não tanto quanto as do grupo de meditação – aprenderam técnicas gerais de gerenciamento de estresse. Todos os participantes receberam quantidades semelhantes de tempo, atenção e interação em grupo.

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